Mondariz - Dia 1

À falta das crónicas diárias de Walter Tarira, aqui deixo uma pequena contribuição sobre o II Open Internacional do Concelho de Mondariz , que conta neste momento com a presença de 7 Portugueses:


A Epopeia de Mondariz



Em mais uma noite branca concentrado
No seu mágico monitor fritzeano,
De dedo indicador bem espetado
Procurando nos torneios deste ano
Local onde encontrará descansado
Amigos, bom tinto e calor humano,
Eis que o nosso Walter descobre Mondariz,
Onde se não fizer bloco será por um triz.

Decidido, com inscrição confirmada,
E convocada a sua leal tripulação
Sua velha nau foi logo aparelhada
Pois grande viagem esperava o capitão.
De véspera começou a longa jornada
E após sete horas de grande emoção,
Eis que sãos e salvos chegaram enfim
O Walter, o Rui, o Vítor e o Joaquim.

Noutra nau, já com uma jornada passada,
(Mas na esperança de ver alcançado
O grande Walter ainda na estrada),
Partiu o resto do lusitano consulado,
Numa equipa bastante animada
E sem percalços o percurso terminado,
Fróis, Miguel e Rafael prontos para jogar,
Enquanto o Pica-miolos foi ao bar .

Gorada a legítima expectativa
De encontrar o Walter na deslocação,
Eis que ao almoço entra a comitiva
Encabeçada por tão nobre capitão.
Mas a conversa foi sempre interrompida
Pelas chamadas: “Señor Fróis à Recepção”
Até que novo alvoroço foi notado:
O emparceiramento estava afixado!

Numa primeira jornada sem surpresas,
Onde os mais fortes ganhavam aos mais frágeis
Sem que houvesse perturbação nas mesas,
Entre partidas mais difíceis e mais fáceis
E duelos entre “predadores e presas”
Onde muitos mates se tornavam imparáveis.
Dizia num deles o Walter com convicção:
“Esta vitória belga é conspiração!”