Saudação blogo-escaquística

Quero saudar o gxa e o msena pelo seu Salto de Cavalo, outro blogue com temática xadrezística e que, conhecendo os seus autores, garante um seguro acréscimo de qualidade à blogosfera.

(Apenas um pequeno reparo, o Alverca-X possui 9 autores, sendo 4 deles do GXPA e os outros 5 da SFRA. Tudo gente ligada ao Xadrez alverquense, mas nem todos dos Peões de Alverca!)

Uma vez mais, parabéns pela iniciativa e espero assistir ao crescimento do Salto de Cavalo! Talvez com a autorização do Luís Costa o cavalo possa saltar mais longe, 3 casas para a esquerda e 4 para a frente, por exemplo!

Provocações 2 SFRA: O IO-IO do Xadrez em Alverca?

Gostaria de partilhar com vocês uma conversa que ouvi no outro dia.

Augusto: Então já sabes? A SFRA é o novo IO-IO do Xadrez em Alverca?

Ernesto:??? O que queres dizer com isso, pá?

Augusto: Então não sabes? Quando sobe, desce de seguida

Ernesto: Ah pois! Isso é certinho. E já estou a ver o filme na última jornada na APOGMA

Augusto: Eu também! Ganhamos sem espinhas.

Ernesto: Isso é certinho. O Boinas larga uma peça. (CENSURADO)

Augusto: E o Marco perde por tempo.

Ernesto: Isso é certinho. No 4º Tabuleiro joga o Ostapenko contra o Viegas, é para não correr riscos. Então tu não sabes que em Portugal não se joga uma beata desta “merda”.

Augusto e Ernesto: Eh, Eh, Eh, Eh.

Esta conversa nunca aconteceu, são apenas provocações...

PROVOCAÇÕES 1 - Ernesto Loureiro com Elo FIDE - Walter Tarira abandona o Xadrez - Augusto Dais dedica-se a treinador - e António Vítor a observador

Alverca, 1 de Outubro, de 2004.
 
Depois de um brilhante torneio em Benfica, Ernesto Loureiro sai com Elo FIDE.

Walter Tarira abandona o Xadrez! Agora em vez de passar os seus dias a amassar GM´s no ICC com a sua caixa mágica, passa-os a preencher boletins de totoloto com os palpites do Loureiro.

Augusto Dias depois de treinar o Loureiro em Benfica passa a fazer disso a sua actividade principal.

António Vítor também deixa o Xadrez de competição, abandonando o seu sonho de ser MI, e passa a mero observador do fenómeno Xadrezístico.

Veteranos

O Campeonato de Veteranos deve estar ao rubro, lá pelos Olivais! O Augusto com uma pomada de amarga Videira, lá caiu na primeira jornada, em que Walter, com sintética vitória, se avantajou num ponto inteiro ao seu colega peão! E ontem, contra Gonzalo e Mesquita Vasques, ambos empataram, o Dias com o primeiro, o Tarira com o segundo, mantendo-se assim o ponto de intervalo e que se adivinha ser, nas mãos e dizeres do Walter, arma de arremesso contra o indefeso (ou quase) neovilafranquense dos Peões de Alverca!

A coisa promete e exijo relatórios diários e exaustivos dos pormenores escabrosos, erros grosseiros e detalhes burlescos da prova! É disso que se alimenta o Xadrez!

Grande Loureiro

É com genuína alegria que dou as boas vindas a Ernesto Óscar Garcia Loureiro à lista FIDE! Bem vindo seja, Ernesto (ou, como diria Santana Lopes nos seus cartazes da CM Lisboa, benvindo seja!).

P.S.: Nem sabia que o Grandela ainda existia!

O Resto do Sonho

Aquilo que sobra do sonho, a última esperança de magia, a nobreza e a constante tormenta do génio, a força verdejante das ideias novas, límpidas, capazes de levantar as mais tremendas tempestades, capazes de multiplicar paixões e de fazer com que o Xadrez faça sentido, tudo isso, foi preso um destes dias no Japão.

Tinha o passapaorte caducado, ou lá o que era. Não admira que o Japão seja um dos poucos países decentes atrás de Portugal na nobre arte de Robert James Fischer.


Menos um meliante nas ruas. Os Dragões dormem agora mais sossegados.

O Campeão Casimo 19

Acabou agora o campeonato do Mundo de Xadrez da Líbia. E num match a fazer lembrar os tempos do Chigorin (pelo reportório utilizado e pelo estilo das partidas), lá ganhou o amigo Casimo 19. Assim é mais fácil de dizer. Quem é amigo?



Kasimdzhanov e Adams.

Ter um campeão do Mundo como o amigo Casimo é, pelo menos, espantoso. Será que o Xadrez ainda está pior que Portugal (O País Mayer)?

Comer o Rei (salvo seja)

Pois é... O verbo “comer” sempre constituíu para mim um valor, um apelo, quase diria um troféu! - falando de gastronomia, bem entendido (em que pensavam, seus pervertidos?) – por isso julgo que esta questão de comer ou não o rei entrará mais no termo “carcomer” (utilizado no Brasil e de origem incerta mas com o significado de roer madeira) do que propriamente no termo derivado do latim comedere, que significa ingerir alimentos. Mas porque diabo estou eu aqui deambulando nos meandros da semântica, quando deveria sim participar em tão douta discussão sobre as alterações das regras da FIDE porventura a serem propostas por Portugal em reuniões onde a representação nacional é absolutamente imprescindível para o futuro deste desporto à escala global? Assim, reduzindo-me de novo à minha insignificância de ignorante militante, apenas me resta lançar mais um repto àqueles que prometem pensar nos assuntos (adoro quando dizem isso!): E que tal criar uma regra em que só é possível comer o Rei (utilizando qualquer das receitas) depois de devidamente comida e digerida a Dama? É um princípio homófobo, eu sei, mas evita que os Reis, na presença das ditas, sejam comidos por cavalos...ou burros (valha-nos isso).

Desporto e Assassinatos

Tal como todos sabemos, gostemos ou não de futebol, ontem essa modalidade acabou. Deixou de existir. Venceu o Nada.

Mas, perguntar-se-ão, este blogue não versa o Xadrez? É certo que sim e não foram gratuítas as palvras do parágrafo anterior. Sucede que o Xadrez também corre risco de vida! Querem assassiná-lo, tal como fizeram com o futebol!

No entanto, as mortes destas modalidades desportivas (consumada no futebol e tentada no Xadrez) têm consequências bastante diferentes. No caso do futebol, suponho que o cadáver se aguente aparentemente incorrupto durante mais alguns meses, ou mesmo anos. Muitos nem sequer desconfiarão de nada! E, provavelmente, pouca diferença fará. A máquina funciona já sem maquinista.

No caso do Xadrez, o problema é mais sério. E a tentativa de assassinato é ainda mais niilista, é ainda mais atroz! Trata-se da busca pelo mínimo denominador comum, da redução do que é grande e nobre a algo simplificado e banal.

O primeiro atentado, nos anos 90, visou os ritmos de jogo, algo bastante prigoso e de consequências imprevisíveis. Ainda está em curso! E com que argumentos! Para ser "televisonável" diziam alguns! Tontos! Nem que as partidas tivessem 12 segundos! Nunca o Xadrez será fruto apetecido pela indústria da televisão. Serviu apenas para retirar peso à partida de Xadrez, para a "aligeirar".

O segundo ataque veio dos programas de computador, também nos anos 90. Mas, com esses, teremos que aprender a viver, tristemente, assim são os desígnios do progresso.

Recentemente, surgiu o terceiro atentado, o mais letal de todos e que almeja a morte completa do Xadrez! Trata-se da "jogodogalização" do nobre jogo. Consiste na simplificação das regras para a sua melhor compreensão. Valha-me Caissa!

Em altura de muitas mortes, evitemos mais esta, quase anunciada, a do Xadrez.

(Que outros deuses se apiedem das gentes de compreensão lenta! Caissa não é conhecida por ser piedosa com eles.)