A beleza do xadrez


Andava eu a organizar as fotos que tinha no telemóvel quando me lembrei que tinha tirado esta foto: a (pequena) Ritinha a jogar contra o (crescido) Sr. Farinha.


Na altura em que tirei a foto lembrei-me de umas coisas que gosto no xadrez: quando jogamos, a idade, sexo, posição social, cor da pele e tudo o resto desaparece. Não interessa se somos ou não mais ricos, se o nosso adversário tem o dobro da nossa idade ou metade dela. O que interessa são as ideias e o gosto por jogar (no meu caso, dado que não tenho muitas ideias, fica só o gosto :)) !

INCRÍVEL!!!

Na sessão de encerramento do campeonato distrital de Lisboa de Veteranos que decorreu no Clube TAP, Portela, Lisboa, a Presidente da AXL Armanda Plácido deu a notícia que segue , no decorrer do belíssimo lanche oferecido pelo Clube TAP.

- Aproveito este evento para vos informar que a AXL vai ser despejada da sua sede que funciona há umas dezenas largas de anos na Rua da Sociedade Farmacêutica em Lisboa, e isto depois de já ter perdido o unico funcionário que tinha, Altino Costa.

É claro que a notícia caiu como uma bomba, deixando as pessoas atónitas e houve até uma que se engasgou com um croquete, mas sem problemas. Não morreu ninguém felizmente. Alberto Mendes saltou de imediato com o avanço de uma previsão cautelar, outros com a constituição de um advogado "dos bons" etc, etc

Mas não é mesmo incrível?

O leão ainda mexe!




Digo bem! Trata-se mesmo dum LEÃO! Ernesto Loureiro terminou o campeonato Distrital de Veteranos na 5ª posição com 4 pontos em 6 possíveis, depois de na última jornada ter ganho com muita autoridade a Renato Figueiredo, o n.º2 do ranking neste torneio.

1º Júlio Santos com 5,5 pontos;
2º Alberto Mendes com 5 pontos;
3º Mesquita Vasques com 4,5 pontos;
4º Américo Fernandes com 4 pontos;
5º Ernesto Loureiro com 4 pontos;



Ernesto Loureiro foi assim o melhor classificado do Concelho de Vila Franca de Xira, ficando à frente de Augusto Dias, Abílio Martins, Walter Tarira, Fernando Farinha.

Os nossos parabéns acompanhados de um fraterno Abraço.

A "crise"

Miguel Silva vs Dutra






Mesmo em maré de “crise” o GXPA continua a dar campeões ao Concelho de Vila Franca de Xira.

Miguel Silva acaba de se sagrar campeão distrital de Lisboa, sub18, não sendo à partida o nº 1 do ranking neste torneio, por conseguinte o favorito! Mas ganhou o torneio e agora é campeão distrital de Lisboa. Vai seguir-se o Nacional e aí vamos ver como tudo vai correr...

Os parabéns ao Miguel de toda a comunidade escaquistica.

Tudo pelo o seu "avozinho"

Esta historia é interessante...
No dia 22.2.09 as 17:15 Antonio Vitor e Ritinha chegam a TAP para visitar o seu clube principalmente Walter Tarira. Procuramos e procuramos até que encontramos. Há porta estavam três seguranças onde Antonio Vitor tenta entrar mas é barrado.
Agora sim vem a parte emocionante, Ritinha gostanto tanto do seu "avozinho" faz tudo por ele.
Desta vez deu graxa ao Sr. guarda para entrar.
- Vá-lá sr. guarda, quero ir ver o Sr. Walter Tarira pf.
- Desculpe, mas só pode entrar quem esta na lista.
- Pf , Pf, eu não saio daqui sem ver o torneio.
Depois de tanta insistência lá deixaram entrar.
Ó pá a minha mãe ta a chamar tenho que acabar a história por aqui, amanhã continuo.

História narrada pela Ritinha e com a correcção ortográfica de AV.

O Xadrez e as Guerras

Será que numa reflexão mais profunda sobre o Xadrez é associá-lo ás guerras? O que é que está na origem das guerras? Como são conduzidas, e por quem? Quais são os objectivos a atingir com as guerras, por quem as faz? Quem as faz toma parte activa nelas?

Em alguns manuais para a aprendizagem do jogo de Xadrez até é apresentado logo no início e como exemplo, a formações de dois exércitos dispostos no terreno (Tabuleiro). Reis, Damas, Torres, Cavalos, Bispos e Peões.

Quem conduz aqueles exércitos? São adversários entre si e finalmente a vitória só é possível com a morte (Mate) do Rei adversário, o seu abandono da luta ou ainda a falta de comparência no local da refrega. Isto que acabo de dizer é mesmo verdade, porque já o vi com estes olhos que a terra há-de comer!

Tenho assistido e registado alguns “desabafos” vindos de jogadores, que me deixam muito triste. Ora vejamos alguns desses comentários;

«Amassei-o todo; Cilindrei-o; Parti-lhe o roque; Comi-lhe as pecinhas todas; Ganhei-lhe uma peça logo na abertura e depois foi fácil; Parti-lhe a cadeia de Peões e sacrifiquei o Bispo em h7 com mate imparável em 3; Comi-lhe os Peões todos e ganhei o final com mate de Cavalo e Bispo; O Gajo não joga uma beata e o Elo que tem está mesmo inflacionado. Na verdade não joga nada parecido com os 2000 que tem na lista. O que fizes-te? Caiu-me a seta; Consta-se que o tipo comprou os pontos para chegar aos 2000 FIDE; É só esperar? Deu-me um bocado de trabalho mas lá consegui ganhar no final; Estive sempre melhor, só perdi nos apuros de tempo; Sacrifiquei duas peças e a Dama e terminei ganhando com mate de peão em h2; Tive problemas no transporte e cheguei com 45´de atraso; O árbitro foi mesmo caseiro porque naquela posição era empate técnico; etc, etc. »

Mas não apresentei todos os “desabafos”! Há alguns que me escuso a escrever por serem em meu entender demasiado “pesados” para este local, que muito respeito e admiro.

O xadrez não é uma GUERRA! Quanto muito poderá ser encarado como uma “batalha de ideias”.

Posto isso e se dermos “asas” á nossa imaginação começando por dar aos nossos tabuleiros relógios e material, as dimensões do Universo bélico que queiramos analisar, experimentando jogar o “chinquilho” com um parceiro de grande categoria, que nos vá fornecendo constantemente material e do bom, quem ganha? Quando um jogador quer derrotar o seu adversário como uma mó de moinho a esmagar ovos, é uma questão de vazio.

Atenção que não falei na guerra que as Tvs e os órgãos da comunicação social nos vão apresentando diariamente. Deixo estas dicas para que os meus amigos possam reflectir e tirar as ilações que quiserem em plena liberdade e, se finalmente conseguirem desassociar o Xadrez das Guerras, não verem no tabuleiro o que se passa no mundo, sou o primeiro a render-me e aplaudir. O respeito entre os jogadores deverá estar sempre presente. Um jogador de xadrez antes de tudo e mais nada deverá ser um cavalheiro.

Política

Este blogue é das acácias. Sabe bem ver um prato de caracóis transformar-se em algo maior. Mas, para mim, afamado sapo, o Xadrez sabe sempre a prato de caracóis. E sabe a cerveja. O xadrez é, para mim, coisa sem sentido, com tão pouco significado que pode, com facilidade, ser mais que a vida. Assim é o nosso jogo, acácia que invade a Europa, encantando o europeu de gosto puro. Como um prato de caracóis e 3 acordes numa guitarra enferrujada. Como as palavras.

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