Comer o Rei (salvo seja)

Pois é... O verbo “comer” sempre constituíu para mim um valor, um apelo, quase diria um troféu! - falando de gastronomia, bem entendido (em que pensavam, seus pervertidos?) – por isso julgo que esta questão de comer ou não o rei entrará mais no termo “carcomer” (utilizado no Brasil e de origem incerta mas com o significado de roer madeira) do que propriamente no termo derivado do latim comedere, que significa ingerir alimentos. Mas porque diabo estou eu aqui deambulando nos meandros da semântica, quando deveria sim participar em tão douta discussão sobre as alterações das regras da FIDE porventura a serem propostas por Portugal em reuniões onde a representação nacional é absolutamente imprescindível para o futuro deste desporto à escala global? Assim, reduzindo-me de novo à minha insignificância de ignorante militante, apenas me resta lançar mais um repto àqueles que prometem pensar nos assuntos (adoro quando dizem isso!): E que tal criar uma regra em que só é possível comer o Rei (utilizando qualquer das receitas) depois de devidamente comida e digerida a Dama? É um princípio homófobo, eu sei, mas evita que os Reis, na presença das ditas, sejam comidos por cavalos...ou burros (valha-nos isso).

1 Comentários:

Às 7 de julho de 2004 às 11:02 , Blogger Cláudio disse...

A regra "não se pode comer o rei antes de se comer a raínha" tem, de facto, sólidas fundações morais. Parece-me, no entanto, que vá contra a vontade simplificadora! Assim, já o aprendiz tinha que saber a diferença entre o rei e a raínha, entre primeiro e segundo, entre comer e ser comido. Tudo coisas a que pode (legitimamente) não chegar a capacidade intelectual da criança.

Lembrem-se: o Xadrez tem de ser para todos, mesmo para os portadores de deficiência mental profunda!

 

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