Rapidissimas...

Augusto Dias e Ernesto Loureiro disputavam um match de rápidas, melhor dizendo, rapidíssimas; um minuto por jogo!!!

Estávamos todos à volta da mesa gozando aquele desenfreado e inédito «combate» quando, inesperadamente, se ouve uma voz que mais parecia um trovão, vindo da porta de entrada do Clube, que perguntava:

- Posso entrar?
O Loureiro, nosso Presidente, parou o relógio, olhou para a porta e disse:
- Claro que pode entrar.

O visitante aproximou-se da mesa e o jogo continuou. O indivíduo abanava a cabeça a cada lance do Loureiro, começando a intrigar todos, especialmente o próprio Loureiro, que já transpirava como um chuveiro.

Depois de muitos jogos feitos, tantos que já ninguém sabia quantos, o visitante decide-se a perguntar ao Loureiro:

- Posso fazer-lhe uma pergunta?
- Mas é claro que pode!
- O que é que o Senhor faz às peças?
- Quais? Ás pretas ou ás brancas?
- Ás pretas.
- No fim dos jogos limpo-as com um pano de feltro e arrumo-as na caixa.
- Hum! E ás brancas?
- Limpo-as com um pano de feltro e arrumo-as na caixa.

O visitante muito irritado e com os olhos quase a saírem-lhe das órbitas, pergunta:

- Oiça cá meu caro: sempre que lhe pergunto alguma coisa sobre as peças, você pergunta se quero saber das brancas ou das pretas, sendo que a resposta é a mesma!?
O Loureiro respondeu assim:

- Saiba meu caro senhor que as brancas são minhas!
- Ai é! E as pretas?
- Também.

4 Comentários:

Às 11 de setembro de 2008 às 00:55 , Anonymous Anónimo disse...

Walter,

não me digas que o visitante era uma das vacas da história 'original'!!!...
Não me interessa se era a preta ou a branca!
Cumps.
Sirgado

 
Às 27 de setembro de 2008 às 22:17 , Blogger Rini Luyks disse...

Mais uma deliciosa história de Walter a provar que em Alverca ainda há muita vida na veteranice, melhor, a vida a sério COMECE na veteranice!
Daqui a cinco anos tenho que me mudar para lá, nem que fosse só para continuar a série de jogos com Augusto Dias (que apanhei durante vários anos em quase todos os torneios como adversário, bruxa!.. ele deve lembrar-se).
Entretanto, lembrando-me da história anterior (A Punheta na Mesa Oito!): desde há três meses oiço muitas histórias de garçons, ah não empregados. Regressei (vinte anos depois, foi o meu primeiro job como músico em Portugal!) como acordeonista no Café Paris em Sintra (na Praça da República, mesmo em frente ao Paço com as duas chaminés). Se os caros (quase) colegas-veteranos desejam passar um agradável serão de Outono numa esplanada: petiscos, um bom vinho, se quiserem um jantar ao som da música de musette parisienne, I'm your man!
Estou lá nas 3as, 5as e 6as feiras entre as 19 e 22 horas. Soyez le bienvenu, mes chers amis! (ao mesmo tempo ajudam-me a ficar com este meio-emprego, pois claro, a visita turística vai diminuindo no Outono...)

 
Às 27 de setembro de 2008 às 22:21 , Blogger Rini Luyks disse...

..errata: soyez les bienvenus, mes chers amis...

 
Às 5 de outubro de 2008 às 23:46 , Anonymous Anónimo disse...

..a visita turística vai diminuindo... e por isso: acabou-se a música em Sintra para já, é a vida precária do artista..

 

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