Tristeza
Em 1996 fiz uma breve incursão pelo mundo do Xadrez por correpondência (cerca de 6 meses). Os computadores não eram ainda tão certeiros, não ditavam ainda a verdade e a solução dos problemas, enfim, restava ainda à modalidade algum romantismo. O Xadrez por correspondência era para todos, em especial para os que, também como eu, jogavam no tabuleiro, algo de profundo e científico, praticado por gente estudiosa, analítica e verdadeiramente amante do Jogo. Tínhamos o Luís Santos, o Álvaro Pereira, o Rui Silva Pereira e tantos outros!
Mas, com o aumento da força dos computadores, o Xadrez por correspondência perdeu (e o declínio começou em 1996, mais coisa menos coisa, perdoem-me os que se mantêm nessa nobre arte) esse seu encanto quase místico.
Já me perdia, em 96 joguei Xadrez por correspondência: foram 30 e tal jogos em simultâneo! E um deles joguei-o com Joaquim da Silva Nunes. Soube agora que JS Nunes, da Póvoa do Varzim, morreu.
Troquei com ele mais de 30 cartas. Nunca o conheci pessoalmente mas, com um pesar quase inexplicável, sinto com a negra notícia uma dupla tristeza: pelo seu desaparecimento e pelo sofrimento da família e amigos; e também pelo Xadrez por correspondència.
Paz à sua alma, Sr. Joaquim Nunes. Gens Una Sumus.
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