Histórias do Walter Tarira - Parte 2

" Walter o Animador"

Numa da minhas muitas idas ao clube, um dia levei o meu irmão na altura com uns 12 ou 13 anos.

Mal chegamos o Walter fez logo as despesas da casa, desafiando o Eduardo para umas "partidinhas".

O Eduardo tinha algumas bases que eu lhe tinha dado e alguma experiência de xadrez escolar.

O primeiro jogo desenrola-se equilibrado até uma uma determinada altura em que o meu irmão ganha uma certa ascência e acaba por ganhar. No segundo jogo a história repete-se.

Uau! pensei eu, temos jogador. Mais meia hora de conversa e vamos para casa.

Nos dias a seguir fiquei a pensar naquilo, como é que o Walter pode ter perdido com o meu irmão? Até que chego a lógica conclusão que só pode ter perdido de propósito.
Mas como? pensei eu. Eu até estava com alguma atenção aos jogos e não dei por nada.

A parti daqui fiquei de olho no Walter e nas suas partidas, e com o decorrer do tempo, apercebi-me que ele tinha uma técnica refinadíssima de perder, ele perdia quando queria sem os adversários ou espectadores darem por isso. Esta técnica demora anos a desenvolver e já era aplicada pelo Walter desde os primórdios do Xadrez em Alverca.

Para um "animador de xadrez" a técnica de perder é tão importante como a técnica de ganhar é para um "mestre".

Por fim esta técnica acabou por não funcionar com o meu irmão, mas certamente funcionou com muito outros, e melhor exemplo não pode ser dado com o Presidente de muitos anos do GXPA, o Ernesto Loureiro, que era descrito pelo Walter Tarira não como um amante do jogo do Xadrez, mas como um amante da Vitória.

3 Comentários:

Às 8 de julho de 2009 às 14:01 , Anonymous Anónimo disse...

Necissito que leiam o comentario deixado na primera parte da Historia

PAIS PINTO ( ANGOLA )

 
Às 9 de julho de 2009 às 15:22 , Blogger Alentejano disse...

Fiquei surpreendido pois o António Vitor, meu filho, tinha-me dito que ele não estaria assim tão mal,mas...

 
Às 24 de agosto de 2009 às 17:24 , Anonymous Anónimo disse...

"Ninguém melhor se engana que quando consente que o enganem os outros..." José Saramago

 

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