VII Dominical e O Livro de Poemas de Serafim

Pelo sétimo domingo consecutivo, na paróquia de Alverca, realizou-se o Grandioso Torneio Dominical da SFRA! Acorreram nove bravos atletas que assim pulverizaram o anterior record de participantes que se cifrava em apenas sete. Boino e Norberto são os únicos com sete participações: desta vez, Francisco Correia faltou à chamada. Caso viesse, seria também ele totalista. Assim, para além dos dois totalistas, participaram ainda Lino, Rocha, Vieira, Aurélio, Abílio, Campos e Domingos Farinha. Deixo uma nota especial para este último que se estreou em absoluto nas lides xadrezísticas! Bem vindo, Domingos Farinha! Aguarda-se agora nova estreia: o seu primeiro ponto!

Desta vez, o Lendário Capitão esteve em grande forma! Venceu todos os jogos com aparente facilidade e inesgotável alegria! Oito pontos em oito possíveis! Nuno Lino esteve bem, fazendo seis pontos, tendo perdido apenas com o sempre imprevisível Vieira e com este vosso amigo. Com cinco pontos ficaram Rocha, Vieira e o estreante Abílio Martins, homem que se deslocou dos longínquos Olivais para se juntar à Grande Festa do Xadrez! Norberto Santos conseguiu em manhã feliz quatro pontos ficando a léguas do Aurélio, homem que veio do Algueirão, que somou apenas dois e de Campos que se mantém em crise de eficácia: contou apenas um ponto sacado ao debutante Domingos Farinha.

Em manhã soalheira, assistiu-se também ao lançamento de um formoso livro de poemas, escrito por José Serafim, antigo damista e companheiro de sala em tempos em que as damas partilhavam o espaço do xadrez. Por isso mesmo, e pelo valor intrínseco da sua obra, no final da prova estavam na secção de xadrez diversos exemplares desse bonito livro, cheio de imagens a preto e branco e com uma capa a cores! Com rimas ora emparelhadas ora cruzadas, Serafim conta a sua vida e deixa, em versos grandes e pequenos, um testemunho pitoresco e honesto de uma existência que assim se imortaliza. Muitos acorreram ao certame realizado nas instalações da SFRA demonstrando com clareza o apreço que este poeta popular suscita entre os seus pares. Um abraço ao Serafim!

Talvez ligado ao anterior parágrafo, um insólito acontecimento marcou o nosso torneio: tivémos espectadores! Lembro-me de um, com as mãos untadas de croquete, os olhos vidrados de sono e de martinis, que, por alturas do beberete dado por Serafim, entrou pela sala de xadrez! Com que admiração acompanhou ele as combinações de Aurélio, os ataques de Campos, as subtis defesas de Norberto! Com que emoção terá o espectador vibrado com as mirabolantes complexidades tácticas do duelo entre Rocha e Lino, que decidiu a favor do último, o segundo lugar? Regressará ele a Moimenta da Beira, santa terra que emprestou por um dia a Alverca um autocarro cheio dos seus filhos para que estes estivessem presentes no lançamento do livro do seu conterrâneo Serafim, decidido a por lá fundar clube de xadrez? Eu penso que sim!

Findo a prova e o seu relato, rogo-vos paciência! Para a semana haverá mais emoção, mais drama, mais excitantes duelos!

BOINO

Etiquetas:

0 Comentários:

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial