O Regresso do Capitão ou o X Dominical

No dia 3 de Dezembro de 2006, um domingo, claro está, o Capitão voltou para vencer uma vez mais o fabuloso torneio Dominical da SFRA. No entanto, Francisco Correia igualou Cláudio Boino neste regresso: o Capitão teve de partilhar (pela segunda vez na história dos Dominicais) o primeiro lugar com outro jogador. Francisco Correia tomou o gosto às vitórias (ganhara a nona edição, em que este vosso criado não participou) e quis ganhar outro Dominical: ganhou-o ex-aqueo com Boino... que outra forma há de ganhar um Dominical, perguntará o leitor, rendido à infinita potência deste humilde escriba!

A prova foi pouco participada: apenas 5 atletas compareceram. Para além dos já citados Boino e Correia, Loureiro, Norberto e Farinha "pai" deram o seu contributo àquela que por muitos é já considerada a prova rainha do xadrez nacional!

O torneio registou, como já se adivinha pelo primeiro parágrafo deste relato, um daqueles raros acontecimentos: Francisco Correia ganhou uma partida ao Capitão Boino! E não só! Venceu em toda a linha os outros 3 adversários... Na última sessão da prova quis o destino que nos encontrássemos novamente: eu e o Francisco. Ele tinha um ponto a mais que eu...

Devo falar um pouco da vitória do Francisco sobre este vosso amigo! Num final de bispos de côr contrária, em que Boino tinha um peão a mais... o Lendário Capitão arranjou forma de perder a partida! Bem feito, pensa o leitor, farto da infalibilidade deste criativo e poderoso xadrezista! Mas há alturas em que a amizade faz das suas... e lá deixei o Chico ganhar, disfarçando o melhor que pude, para que ele não descobrisse que fiz de propósito!

Voltando à derradeira sessão... e à magnífica vitória que me colocou no primeiro lugar na companhia do Chico: olhei o Francisco nos olhos, arregacei as mangas e disse entre dentes: "A tua vida pouco mais vale que um molho de azedas, meu rapaz! Acabou-se o forrobodó!" Atemorizado com a ameaça, que poderia o pobre Francisco fazer? Jogando a uma cadência infernal, com lances de inaudita precisão, demoli paulatinamente a posição de Francisco, arrastando, no colapso, a sua vontade de viver! "Karpov teria orgulho desta partida!" disse-lhe assim que Chico Correia me cumprimentou agradecido por ter participado em tão elevada criação xadrezística! Francisco concordou.

Não percebendo por que razão não acredita o leitor neste meu último parágrafo, resumo agora a restante prova: Domingos Farinha ensacou o que havia para ensacar, registando, no entanto, fortes avanços, mesmo com esta dura forma de iniciação aos Mistérios do Xadrez! Há que ser paciente e determinado, algo que não falta ao nosso Domingos Farinha! Qualidades que, infelizmente, não passou ao seu filho Pedro... invertebrado atleta que, com a desculpa de estar longe, regista falta atrás de falta nos alverquenses Dominicais!

Norberto e Loureiro discutiram entre si o bronze que ficou para o segundo, após duas vitórias sobre um Norberto em dia menos conseguido!

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